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21 de Dezembro de 2017

PERCENTUAL DE FAMÍLIAS COM CONTAS EM ATRASO RECUA PELO SEGUNDO MÊS CONSECUTIVO EM NOVEMBRO DE 2017

PERCENTUAL DE FAMÍLIAS COM CONTAS EM ATRASO RECUA PELO SEGUNDO MÊS CONSECUTIVO EM NOVEMBRO DE 2017

 

 

PERCENTUAL DE FAMÍLIAS COM CONTAS EM ATRASO RECUA PELO SEGUNDO MÊS CONSECUTIVO EM NOVEMBRO DE 2017

 

Marianne Hanson

Economista

O percentual de famílias com dívidas aumentouem novembro de 2017, ante o mês anterior, como também em relação a igual período do ano passado. O percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso diminuiuentre os meses de outubro e novembro. Já o percentual que relatou não ter condições de pagar suas contas ficou estável na comparação anual. Também na comparação anual, houve alta em ambos indicadores de inadimplência.

 

Síntese dos resultados (% em relação ao total de famílias)

 

Total de endividados

Dívidas ou contas em atraso

Não terão condições de pagar

Novembro de 2016

59,6%

24,4%

9,5%

Outubro de 2017

61,8%

26,0%

10,1%

Novembro de 2017

62,2%

25,8%

10,1%

 

O percentual de famílias que relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro alcançou 62,2% em novembro de 2017, o que representa alta em relação aos 61,8%observados em outubro de 2017. Houve alta também em relação a novembro de 2016, quando o indicador alcançava 59,6% do total de famílias.

 

Apesar da alta do percentual de famílias endividadas, o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso também diminuiu em novembro de 2017na comparação mensal, passando de 26,0% para 25,8% do total. Entretanto, houve alta do percentual de famílias inadimplentes em relação a novembro de 2016, quando esse indicador alcançava 24,4%do total. O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes ficou estável em 10,1%entre outubro e novembro de 2017, mas apresentou alta em relação aos 9,5%de novembro de 2016.

 


A alta do número de famílias endividadas, na comparação com o mês imediatamente anterior, foi observada apenas na faixa com renda até dez salários mínimos. Na comparação anual, ambas as faixas de renda apresentaram alta. Para as famílias que ganham até dez salários mínimos, o percentual de famílias com dívidas alcançou 63,7%em novembro de 2017, superior aos 63,2% em outubro de 2017e aos 61,2%em novembro de 2016. Para as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o percentual de famílias endividadas passou de 54,6%em outubro de 2017para 54,5%em novembro de 2017. Em novembro de 2016, o percentual de famílias com dívidas nesse grupo de renda era de 51,5%.

 

O percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso apresentou tendências distintas entre os grupos de renda pesquisados. Na comparação mensal, houve queda do indicador apenas na faixa de renda inferior. Já na comparação anual, houve aumento em ambas as faixas de renda. Na faixa de menor renda, o percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso passou de 29,3% em outubro para 29,1% em novembro de 2017. Em novembro de 2016, 27,5% das famílias nessa faixa de renda haviam declarado ter contas em atraso. Já no grupo com renda superior a dez salários mínimos, o percentual de inadimplentes alcançou 11,7%em novembro de 2017, ante 11,5%  em outubro de 2017 e 10,9% em novembro de 2016.

 

O resultado por faixa de renda do percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas em atraso também apresentou comportamentos distintos entre os grupos pesquisados, na base de comparação mensal. Na faixa de maior renda, o indicador alcançou 3,2% em novembro de 2017, ante 3,7% em outubro de 2017 e 3,0% em novembro de 2016. Para o grupo com renda até dez salários mínimos, o percentual de famílias sem condições de quitar seus débitos aumentou de 11,8%, em outubro de 2017, para 12,0%, em novembro de 2017. Em relação a novembro de 2016, houve alta de 0,7 ponto percentual

 

Nível de endividamento (% em relação ao total de famílias)

Categoria

Novembro de 2016

Outubro de
2017

Novembro de 2017

Muito endividado

14,5%

14,6%

14,6%

Mais ou menos endividado

21,1%

22,7%

23,0%

Pouco endividado

24,0%

24,5%

24,6%

Não tem dívidas desse tipo

40,2%

38,0%

37,7%

Não sabe

0,2%

0,1%

0,1%

Não respondeu

0,0%

0,0%

0,0%

 

 

A proporção das famílias que se declararam muito endividadas ficou estável entre os meses de outubro  e novembro de 2017– em 14,6%do total de famílias. Na comparação anual, houve alta de 0,1 ponto percentual. Na comparação entre novembro de 2016e novembro de 2017, a parcela que declarou estar mais ou menos endividada passou de 21,1%para 23,0%, e a parcela pouco endividada passou de 24,0%para 24,6%do total de famílias.

 

Entre as famílias com contas em atraso ou dívidas, o tempo médio de atraso foi de  64,2 dias em novembro de 2017– acima dos 63,3 dias de novembro de 2016. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 7,1 meses, sendo que 24,4%delas estão comprometidas com dívidas por até três meses; e 32,3%, por mais de um ano. Ainda entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas aumentou na comparação anual, passando de 29,9% em novembro de 2016 para 30,6%em outubro de 2017, e 23,8%delas afirmaram ter mais da metade de sua renda mensal comprometida com pagamento de dívidas.

 

O cartão de crédito foi apontado como um dos principais tipos de dívida por 76,9%das famílias endividadas, seguido por carnês, para 16,7%, e, em terceiro, por financiamento de carro, para 10,4%. Para as famílias com renda até dez salários mínimos, cartão de crédito, por 77,7%, carnês, por 18,0%, e crédito pessoal, por 10,0%, são os principais tipos de dívida apontados. Já para famílias com renda acima de dez salários mínimos, os principais tipos de dívida apontados em novembro de 2017foram: cartão de crédito, para 73,4%, financiamento de carro, para 19,1%, e financiamento de casa, para 17,1%.

 

Tipo de dívida (% de famílias)

Novembro de 2017

Tipo

Total

Renda familiar mensal

Até 10 SM

+ de 10 SM

Cartão de crédito

76,9%

77,7%

73,4%

Cheque especial

6,0%

4,8%

10,6%

Cheque pré-datado

1,3%

0,9%

2,8%

Crédito consignado

5,6%

5,0%

7,9%

Crédito pessoal

10,2%

10,0%

10,4%

Carnês

16,7%

18,0%

10,4%

Financiamento de carro

10,4%

8,7%

19,1%

Financiamento de casa

8,1%

6,1%

17,1%

Outras dívidas

3,1%

3,6%

1,2%

Não sabe

0,2%

0,1%

0,4%

Não respondeu

0,1%

0,1%

0,0%

 

O percentual de famílias com dívidas voltou a aumentar na comparação mensal, somando cinco altas consecutivas, e superou também o patamar observado em igual período do ano anterior. No entanto, o percentual de famílias que relatam endividamento elevado permaneceu estável na comparação mensal e aumentou apenas 0,1 ponto percentual na comparação anual. A queda das taxas de juros e a lenta recuperação da renda do trabalho têm favorecido uma recuperação gradual em algumas modalidades de crédito, com impacto sobre o endividamento.

 

Apesar da alta do número de famílias endividadas, a proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso diminuiu por dois meses consecutivos, após ter alcançado o maior patamar do ano em setembro. O percentual de famílias que relataram não ter condições de quitar suas contas em atraso e permaneceriam inadimplentes, porém, ficou estável após ter alcançado o maior patamar da série histórica em setembro. Apesar da melhora recente, os indicadores de inadimplência da pesquisa permanecem em níveis superiores aos do ano passado. A taxa de desemprego ainda bastante alta ajuda a explicar a dificuldade das famílias em pagar suas contas em dia e o pessimismo elevado em relação à capacidade de pagamento.

 

SOBRE A PEIC

 

A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor
(Peic Nacional) é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.

 

Das informações coletadas, são apurados importantes indicadores: percentual de consumidores endividados, percentual de consumidores com contas em atraso, percentual de consumidores que não terão condições de pagar suas dívidas, tempo de endividamento e nível de comprometimento da renda.

 

O aspecto mais importante da pesquisa é que, além de traçar um perfil do endividamento, permite o acompanhamento do nível de comprometimento do consumidor com dívidas e sua percepção em relação a sua capacidade de pagamento.

 

Com o aumento da importância do crédito na economia brasileira, sobretudo o crédito ao consumidor, o acompanhamento desses indicadores é fundamental para analisar a capacidade de endividamento e de consumo futuro deste, levando-se em conta o comprometimento de sua renda com dívidas e sua percepção em relação a sua capacidade de pagamento.

OS PRINCIPAIS INDICADORES DA PEIC SÃO:

Percentual de famílias endividadas – percentual de consumidores que declaram ter dívidas na família nas modalidades: cheque pré-datado, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros;

 

Percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso – percentual de consumidores com contas ou dívidas em atraso na família;

 

·Percentual que não terá condições de pagar dívidas – percentual de famílias que não terão condições de pagar as contas ou dívidas em atraso no próximo mês e, portanto, permanecerão inadimplentes;

 

·  Nível de endividamento – entre muito, mais ou menos ou pouco endividados;

 

 Principais tipos de dívida – entre cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnês, financiamento de carro, financiamento de casa e outras dívidas;

 

·Tempo de atraso no pagamento – entre até 30 dias, de 30 a 90 dias e mais que 90 dias; e

 Tempo de comprometimento com dívidas – entre até três meses, de três a seis meses, de seis meses a um ano e maior que um ano.

 

Em outubro de 2017, houve uma mudança metodológica na pesquisa para refletir melhor as características da população das capitais brasileiras. Desse modo, houve revisão da série histórica a partir de abril de 2016.

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